terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Economia

  • A agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo,cevadalinhogergelim (sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral de pedramadeira e barro. O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda;
  • A criação de animais. A criação de carneirosburrosboisgansos e patos era bastante desenvolvida;
  • Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, ocobre de Chipre e o estanho de Cáucaso. Exportavam tecidos de linho e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda. A existência de um comércio muito intenso deu origem a uma organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos a juros,corretagem e sociedades em negócios. Usavam recibosescrituras e cartas de crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante na Mesopotâmia.

Cultura mesopotâmica

 Escrita-
  A escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma escrita ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma ideia. Os sumérios - e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano fizeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado.
  As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala humana, isto é, cada sinal representava um som. Surgia assim a escrita fonética, que pelo menos no segundo milênio a.C., já era utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos. Quem decifrou a escrita cuneiforme foi Henry C. Rawlinson.
   A chave dessa façanha ele obteve nas inscrições da Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantesca mensagem de 20 metros de comprimento por 7 de altura. A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, e Rawlinson identificou três tipos diferentes de escrita (antigo persa, Elamita e Arcádio - também chamado de assírio ou babilônico). O alemão Georg Friederich Grotefend e o francês Jules Oppent também se destacaram nos estudos da escrita.


(Placa sumeriana,representando a escrita cuneiforme.)

Os Assírios e os Caldeus

  A partir de 1.300 a.C. ocorreu a ascensão dos assírios, um povo que habitava as margens do rio Tigre, onde praticava a agricultura e a caça. Fixaram-se no norte da Mesopotâmia, no planalto se Assur , núcleo do Império Assírio (1300-612 a.C.).
  Nessa região desértica, os assírios desenvolveram-se diferentemente dos povos do centro e do sul. Tudo indica que tiveram o primeiro exército organizado da história, com tropas de arqueiros e lanceiros, carros de combate e cavalaria. Graças a essa maquina de guerra, conseguiram formar um grande império que, além da Mesopotâmia, chegou a dominar os territórios que hoje correspondem a Armênia, Síria, palestina e Egito.
  Em suas incessantes campanhas, os assírios tratavam os vencidos com extrema crueldade: mutilações, torturas e deportação em massa das populações derrotadas eram práticas habituais.

  Em 612 a.C., os Caldeus, povo de origem semita, derrotaram os Assírios e fundaram o Segundo império Babilônico ou Neobabilônico (612 a.C. a 539 a.C). Foi no reinado de Nabucodonosor (604 a.C a 561 a.C.) que o império viveu o apogeu do desenvolvimento arquitetônico, representado pelas construções públicas, como as muralhas da cidade, a torre de Babel  os palácios e os jardins suspensos da babilônia, também considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.
                  
  Os domínios de Nabucodonosor abrangem o reino Judá, no sul da palestina, e chegaram ate as fronteiras do Egito. Todavia, após a morte de rei, seus sucessores não conseguiram a unidade dos vastos territórios. Em 539 a.C., o segundo império babilônico foi conquistado pelos persas. Foi o fim da historia dos grandes estados mesopotâmicos.  

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Religião dos povos mesopotâmicos

 Os povos da Mesopotâmia Antiga eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses. 
 Os deuses da religião mesopotâmica representavam os elementos da natureza (água, ar, Sol, terra, etc).

                Aqui temos a representação da imagem do deus Shamash (Deus do sol).


 No campo da religiosidade, a Mesopotâmia poder ser vista como um “grande caldeirão” de crenças e divindades.Muitos desses deuses possuíam forma humana (masculina ou feminina).

  O pensamento religioso dos povos mesopotâmicos tinha traço dualista, admitindo a existência de deuses inclinados para o bem e para o mal. Dessa maneira, a magia, a adivinhação e a astrologia eram utilizadas como meios de interação e conhecimento dos desígnios desse complexo conjunto de divindades.

  Diversas culturas mesopotâmicas acreditavam na vida após a morte e, por isso, desenvolviam uma série de rituais funerários. Geralmente os mortos eram enterrados com alguns de seus objetos pessoais e a tumba que abrigava o corpo poderia indicar a condição financeira do falecido. De acordo com algumas narrativas míticas, os mortos passavam o além-vida em um mundo subterrâneo onde se alimentavam de pó para o resto de seus dias.

Por: Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola